Jair é dúvida para enfrentar o Palmeiras, e Paiva fala em "futebol Walt Disney" ao projetar oitavas
- Igor Melo
- 27 de jun.
- 2 min de leitura

O zagueiro Jair ainda não tem presença garantida no confronto entre Botafogo e Palmeiras, neste sábado, às 13h (de Brasília), pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Segundo o técnico Renato Paiva, o defensor é tratado como dúvida após sentir uma sobrecarga muscular — ele participou só de parte da atividade de sexta-feira no CT do Philadelphia Eagles e foi poupado do treino com bola.
— É dúvida, é um fato. Estamos trabalhando para que ele se recupere. Ele e Barboza têm uma sintonia importante, estão bastante entrosados. Kaio ainda está ganhando essa identificação com mais treinos, que não foram tantos. Vamos tentar fazer com que o Jair jogue — disse o treinador.
Caso o zagueiro não esteja em condições, Paiva ainda avalia alternativas:
— Se não jogar, penso em David ou Kaio. Ambos são canhotos, o que interfere na nossa saída de bola. Kaio tem menos entrosamento, mas é experiente, com carreira internacional. Fisicamente, está pronto. Tenho até amanhã para decidir.
Renato Paiva também comentou a campanha botafoguense na fase de grupos do que chamou de “grupo da morte”. Para ele, o desempenho trouxe mais respeito ao time, mas é preciso evitar que a vitória sobre o PSG se torne uma “sombra”.
— No futebol real, você não joga sempre do mesmo jeito porque o adversário impõe dificuldades. No futebol Walt Disney, todos querem atacar o tempo inteiro e amassar PSG e Atlético de Madrid. Ouvi de um torcedor que poderíamos ter vencido o Atlético se fôssemos mais ofensivos. Perguntei quantas vezes ele viu o Atlético este ano. Ele disse: nenhuma. Está respondido — ironizou.
O treinador português também falou sobre a possibilidade de prorrogação nas oitavas:
— Me preocupa. O calendário é apertado no Brasil, com jogos e viagens constantes. A prorrogação afeta a qualidade do jogo, e as equipes arriscam menos.
Sobre o duelo contra o Palmeiras, Paiva afirmou que planeja diversos cenários, mas reconhece que o jogo “ganha vida própria” após o apito inicial.
— Espero um Botafogo equilibrado. Falta controlarmos mais a bola. Contra o Palmeiras, queremos isso.
Ao ser questionado sobre como pensa em parar o jovem Estêvão, Paiva reforçou a importância do coletivo:
— Um contra um já foi. Temos que pensar no grupo, coberturas. Isso vale para qualquer adversário de qualidade.
Paiva ainda comentou sobre o crescimento da MLS, elogiou a postura dos atletas brasileiros nos EUA e falou sobre a boa relação com John Textor, dono da SAF do Botafogo. Também revelou que trocou mensagens com Abel Ferreira após a vitória sobre o PSG:
— Ele me parabenizou. Disse que foi uma grande vitória do futebol brasileiro. Esses momentos me deixam feliz.
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